quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Até quando, ó Renan, abusarás da nossa paciência?





 Cicero acusando Catilina no senado (Afresco de Cesare Maccari, século XIX)- Wikipédia







Trecho extraído de As Catilinárias, de Marcus Tullius Cícero, para ofertá-lo ao Senado Brasileiro.



Obs: Por ser um texto que reflete muito da atualidade, substituamos então “ó Catilina”, por “ó Renan”.


Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas? Oh tempos, oh costumes! O Senado tem conhecimento destes factos,...[...]” (Marcus Tullius Cícero)