Trecho extraído de As Catilinárias, de Marcus Tullius Cícero,
para ofertá-lo ao Senado Brasileiro.
Obs: Por ser um texto que reflete muito da atualidade,
substituamos então “ó Catilina”, por “ó Renan”.
“Até quando, ó Catilina,
abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa
tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a
guarda do Palatino, nem a ronda nocturna da cidade, nem os temores do povo, nem
a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a
reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto
conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na
precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram
as tuas? Oh tempos, oh costumes! O Senado tem conhecimento destes factos,...[...]” (Marcus Tullius Cícero)