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Muito além dos supersalários
Os supersalários garantidos pela Justiça aos “super servidores” do Senado, nos custarão nos próximos cinco anos perto de R$ 75 milhões. Quase 500 milionários à custa do erário público entre os quais não poderia faltar Sarney. Sem contar que isso reflete e refletirá no mais escandaloso sistema previdenciário do planeta que abarca estes cidadãos de primeiríssima classe. Mas isto é pouco para a classe dominante que conclama os despreparados a elegê-los, em especial nas “capitanias hereditárias” a norte e a nordeste do país, insuflando-os com palavras de ordem contra a presumível elite que somos nós que pagamos impostos, estudamos, educamos nossos filhos e contribuímos à previdência social.
Uma rede de TV, em abril último apresentou uma matéria sobre o hospital do Senado. Atende exclusivamente aos Senadores, servidores e ex-servidores da Casa. Trata-se de um anexo com mais de 2.500 metros de área construída, distando cerca de um quilometro do Congresso. Possui um veículo exclusivo que circula continuamente para facilitar a ida e vinda dos “necessitados”. Amplamente equipado, conta com 90 profissionais da área de saúde; 48 médicos das mais diversas especialidades e que recebiam perto de R$ 20 mil/mês. Aos 23 profissionais de ensino médio-enfermagem, radiologia, fisioterapeutas, a remuneração variava de R$ 14 mil a R$ 16,5 mil/mês. A grande maioria com apenas 20 horas de carga de trabalho/semanal (1/2 expediente). No ano de 2010, o gasto total dessa unidade hospitalar, de fazer inveja ao precaríssimo sistema de saúde público de Brasília, foi de R$ 3,5 milhões e pelo número de consultas realizadas, cada uma saiu ao custo médio de R$ 20 mil. Os servidores, únicos usuários são os beneficiários a custa dos miseráveis sem saúde – os contribuintes, e raramente um Senador aparece por lá. Os servidores são descontados simbolicamente em seus contracheques pelo uso dos serviços e que se completam com excelente rede conveniada. Os senadores nada pagam, e gozam do benefício de restituição de qualquer gasto que eles ou seus dependentes efetivarem - saúde médica ou odontológica, dentro e fora do Brasil. De acordo com o próprio site do Senado, no primeiro semestre deste ano, foram gastos R$ 48.225.950,56 com despesas de reembolso e convênios de toda a ordem em serviços médicos e odontológicos, sendo a imensa maioria em Brasília. Isto corresponde a R$ 267.921,95 por dia; ou ainda a quase R$ 2.000,00/por cidadão de primeira classe do Senado (ativos e inativos) durante o 1º semestre de 2011, enquanto isso no mesmo período, o Mistério da Saúde dispendeu ao resto da nação – os “cidadãos de segunda”- R$ 141,90 (per capita).
O blog do Movimento Cívico Brasil Dignidade (http://
Ainda no primeiro semestre de 2011, o Senado, um dos buracos negro do Tesouro Nacional, reembolsou a seus membros R$ 875.259,32 A TÍTULO DE AUXÍLIO FUNERAL.
A folha do Congresso mais caro do mundo nos primeiros seis meses desse ano, foi de R$ 2,2 bilhões aos servidores ativos e mais R$ 1,3 bilhão aos inativos. Sem contar ao que advirá pelos atrasados à generosa concessão da Justiça Federal em que se relacione aos supersalários dos ativos, assim como pela decorrente equiparação e/ou correlação aos inativos. Vale ainda considerar o déficit ao Tesouro (os contribuintes–cidadãos de segunda classe) em suportar as soberbas aposentadorias dos cidadãos de primeira classe. Diante disso, e pela máxima que foi colocada à nação na sessão de submissão à moral de Jackeline Roriz: “a legalidade e o direito de alguns superam os padrões de moralidade da nação” - o que podemos esperar dos putrefatos defensores dos Poderes Republicanos instalado no governo lulopetista?
Oswaldo Colombo Filho
Fonte de dados: Site do Senado; Tesouro Nacional.
Jornais O Estado de S.Paulo 17/09/2011
Diário da Manhã – Goiás 16/09/2011
Brasil Dignidade
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