segunda-feira, 4 de julho de 2011

Articulador do trem-bala acusado de corrupção


12:06, 4/07/2011


Redação Época


Por Bruno Calixto



A Polícia Federal encontrou indícios de que Gerson Bittencourt, eleito deputado estadual em São Paulo pelo PT em 2010 e nomeado secretário de Transportes de Campinas, pode estar envolvido com financiamento ilegal de campanha e desvio de dinheiro público.



Bittencourt é uma das peças-chave na articulação política do PT para a construção do trem-bala na região. Ainda em fase de projeto, o trem-bala ligará Campinas a São Paulo e Rio de Janeiro, e é o projeto mais caro do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A Medida Provisória que cria o trem-bala foi aprovada no Senado em abril, relatado pela senadora Marta Suplicy.



O Ministério Público Federal encontrou uma planilha que identifica R$ 330 mil gastos para campanha sem nota fiscal. Cerca de 20 nomes aparecem na lista, todos eles de partidos que apoiam o prefeito de Campinas, Dr. Hélio. De acordo com a planilha, a que ÉPOCA teve acesso, Bittencourt gastou R$ 2.100 sem nota em sua campanha eleitoral.



A administração da área de transportes de Campinas por Bittencourt foi o foco de várias outras irregularidades. Ele foi condenado três vezes pelo Tribunal de Contas de São Paulo por problemas na contratação de serviços de uma empresa para a sinalização de ruas e avenidas. Funcionários da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) também acusaram Bittencourt de tê-los constrangido a distribuir material de sua campanha para deputado estadual em garagens de ônibus durante o expediente de trabalho.















Por e-mail, Bittencourt respondeu às acusações dizendo que é “uma das maiores autoridades em transporte reconhecidas no país”. Afirmou também que não participou de qualquer comissão do governo federal para estudos, licitação ou implantação do trem-bala. Reconheceu, no entanto, que o trem-bala foi uma das suas bandeiras de campanha à Assembleia Legislativa em 2010. Ele disse que as denúncias de uso da máquina pública para fazer campanha foram arquivadas pelo Ministério Público.


Fonte: Revista Época (digital) – Coluna “O Filtro” – Clique aqui para conferir

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